Bragança Jovem Popular

Bragança Jovem Popular é o blog da distrital da Juventude Popular que se impõem pela diferença: não criticamos sem propor, não propomos só por falar, nem falamos sem conhecer. Porquê?! Simples!... Porque àqueles que "falam, falam, falam e não fazem nada", escasseia algo que nós temos de sobra: irreverência, ideias e vontade de agir!

quarta-feira, outubro 10, 2007

Lado a Lado

O III Congresso Distrital de Bragança da Juventude Popular apresenta, aos olhos de todos nós, uma realidade bem diferente da que existia há alguns anos atrás. Há hoje um conjunto de estruturas regularmente eleitas, empenhadas e que, com a irreverência natural de qualquer jovem que se preze, trabalham na defesa do caminho que julgam ser o melhor para o nosso distrito e para Portugal.
É com esta consciência que a moção “Lado a Lado” se apresenta neste Congresso. Com a noção que muito trabalho foi já feito, mas que muito mais há ainda por fazer. Com a convicção que se temos crescido nos últimos anos, há ainda muitos mais jovens que podemos trazer para esta grande organização que é a Juventude Popular. Temos a certeza que uma JP que siga no rumo da organização, dinamismo e crescimento exige muito trabalho, mas estamos conscientes que é esta a opção que queremos escolher, o caminho que queremos seguir.
Pretendemos que a Juventude Popular no distrito de Bragança continue a ser um ponto de referência. Queremos que, além de continuar a ser um exemplo de união, trabalho e dinamismo, permaneça no caminho do crescimento, da coesão, do empenho.
Esta moção traça um rumo. Apresenta planos de acção em várias àreas, com a convicção que são patamares que temos que fortalecer para conseguir construir uma organização forte a todos os níveis.
Acreditamos no trabalho que tem vindo a ser realizado e queremos continuá-lo porque, para nós, a política só faz sentido quando ligada a valores, a ideais. Bragança e Portugal continuam a exigir uma Juventude Popular activa, empenhada e mobilizada no distrito de Bragança. Aqui estamos para responder à chamada!
Não faremos o discurso do Interior ostracizado, vítima e esquecido, que se envergonha e tudo o que recebe agradece como se de uma esmola se tratasse. Temos orgulho de ser jovens transmontanos e fazemos disso o nosso cartão de visita! Queremos mostrar as potencialidades da nossa região, exigir ser tratados com a dignidade que merecemos, reinvindicar o que possa beneficiar o nosso distrito e apresentar sempre uma alternativa quando acharmos que o caminho certo não está a ser seguido. Porque também a nós nos chateiam aqueles que “falam, falam, falam, mas não dizem nada!”.
Porque o tempo da juventude é o futuro, e sabendo nós que é hoje que se constrói, queremos estar com os nossos militantes, com a população, lado a lado, por mais e melhor JP!
Formação Política
Uma juventude que quer crescer tem que ser uma juventude preparada para os desafios que lhe são colocados no dia-a-dia, uma juventude formada que não quer assumir nada por obrigação, mas porque sente vocação, vontade e capacidade para o fazer. Uma juventude partidária cuja formação política seja uma constante.

A formação política que os órgãos eleitos no III Congresso Distrital de Bragança promoverão, irá cobrir várias áreas, permitindo a cada um dos nossos militantes saber o porquê de cada uma das nossas propostas, conhecer suficentemente os nossos valores de modo a poder transmiti-los e a desmistifcar ideias que a nossa sociedade, sem qualquer fundamento, criou e ás quais temos que saber responder.

A sociedade portuguesa é hoje uma sociedade que gosta de discutir, de opinar, mesmo que por vezes não tenha os conhecimentos necessários sobre o assunto em questão. É também neste caso que queremos que os jovens da JP do distrito de Bragança se diferenciem. Queremos que seja visível aos olhos de todos que “não estamos por estar” mas porque temos algo a dizer; que quando alguém pergunte a qualquer um dos nossos militantes “porquê a JP?”, “porquê o CDS?” ele saiba responder de modo, não só a esclarecer a pessoa, como a incentivar à aproximação da nossa organização.

Traçada a meta, explicados os motivos, trabalhemos o caminho.

Pretendendo-se que a formação política abranja as mais diversas àreas, deve a Juventude Popular do distrito de Bragança entrar em contacto com diversas personalidades, locais e nacionais, e organizar palestras, encontros e visitas, que sejam apelativos e fomativos, desde temas autárquicos a ideológicos, passando pelo tão importante combate cultural.

No sentido de aproximar os jovens à política nacional e europeia, deve também a JP tentar promover deslocações a locais emblemáticos.

Um JP forte é uma JP que saiba bem o que é, para onde quer ir e por onde pretende seguir. Uma JP que caminhe lado a lado com os seus ideais.
Desafios Eleitorais
Os órgãos eleitorais que forem eleitos no III Congresso Distrital de Bragança da Juventude Popular terão, no seu mandato, a realização de eleições Europeias, Legislativas e Autárquicas. Sendo a JP uma organização autónoma do CDS, não se demite das suas responsabilidades. Pelo contrário, pretendemos ser uma contribuição efectiva para o reforço da votação no nosso partido, em qualquer uma destas eleições.

Relativamente ás eleições para o Parlamento Europeu, deve ser propósito da JP organizar eventos de modo a aproximar a população à ideia que, no século XXI, a União Europeia e os seus órgãos são realidades que estão presentes no nosso dia-a-dia. Explicar a importância de ter EuroDeputados que defendam as nossas ideias e valores é essencial para que os jovens se envolvam neste acto eleitoral ,que tantas vezes é olhado com distanciamento. A Juventude Popular deve, além de organizar eventos próprios, estar disponível para estar presente em todos os eventos que o partido promova.

As eleições legislativas são eleições que estão directamente relacionadas com o governo de Portugal. Sendo os círculos eleitorais distritais, a JP do distrito de Bragança deverá ser um bastião que contrarie a perda de eleitorado que o CDS tem vivido nos últimos anos. Pretendemos ouvir e ser ouvidos, trabalhando para que o crescimento da JP a nível distrital se traduza num crescimento, que todos desejamos, do nosso partido a nível nacional. A JP deve procurar que as suas preocupações e soluções sejam parte integrante do projecto do CDS.

As eleiçõs autárquicas são, por excelência, as que mais próximas estão das estruturas locais da JP. Devemos estar disponíveis para fortalecer a malha de freguesia de cada concelho do distrito. Não seremos apenas uma juventude partidária para colar cartazes. Iremos faze-lo, sem qualquer dúvida, até porque não é qualquer desprestígio, apenas mais uma prova da nossa jovialidade, energia e vontade de agir. Mas queremos ser muito mais que isso! Queremos ser ouvidos e representados. Queremos propor e discutir ideias!

A JP que pretendemos é uma JP participante e cívica. Que saiba estar lado a lado com os jovens eleitores.

Organização Interna

Uma Juventude Popular forte e dinâmica a nivel distrital só o será se for espelho de concelhias igualmente activas e empenhadas.

É imprescindível a valorização de todos e cada um dos níveis de estruturas da JP e da tantas vezes esquecida, mas sempre fundamental, militância de base. A filiação deve ser um objectivo de todos nós, com a certeza que apenas assim poderemos crescer. A implementação de núcleos deverá também ser uma prioridade: Núcleos de Estudantes Populares, de Freguesia, de Empresários, …, são um veículo preferencial para o vasto e abrangente futuro que pretendemos ser o da implantação da JP no Distrito de Bragança.

A Estrutura Distrital da Juventude Popular deve ser responsável pela organização de eventos, distribuídos pelos vários concelhos do distrito. O facto de a JP estar neste momento implantada em concelhos onde o envelhecimento da população é indiscutível, deve ser um factor de incentivo a organizar actividades nesses mesmos locais. A JP Distrital que este projecto pretende implementar, é uma JP solidária entre si, onde existirão elos efectivos de ligação entre as várias estruturas e onde a descentralização de actividades e eventos será uma realidade. Eventos originais e “fora de portas” deverão continuar a marcar a Agenda da Juventude Popular no distrito de Bragança, pois os resultados que temos conseguido provam que essa é uma aposta que temos ganho e que devemos reforçar.

A Comissão Política Distrital deverá, sempre que se justifique, reunir convocando o Presidente da Mesa do Conselho Distrital, da Mesa do Congresso Distrital e Presidentes da Comissões Políticas Concelhias e de Núcleos.

A realização de Conselhos Distritais - locais de discussão, diálogo e convívio entre os responsáveis das várias estruturas - é também imprescindível para o bom funcionamento interno da nossa organização. Só conseguiremos transmitir uma imagem coesa, forte e segura da JP para o exterior se, de facto, essas forem características que existam e que saibamos cultivar a nível interno.

Uma JP implantada em todo o distrito, apenas será possível estando lado a lado com cada militante.
Relação JP/CDS-PP

O relacionamento da Juventude Popular com o CDS - Partido Popular é um tema bastante dado a discussões e a diferente opiniões. Defendemos que a JP deve possuir uma posição de transparência em relação ás suas posições, pelo que, também a este nível, seremos claros no caminho que traça esta moção.

“A Juventude Popular é uma organização política de juventude, autónoma do CDS/PP”[1]. A autonomia da JP deve ser um princípio basilar de toda a nossa actividade. No entanto, autonomia não significa distanciamento e, muito menos, rivalidade. Este facto deve e tem de ser entendido pelas estruturas da Juventude Popular e do CDS em nome de uma relação positiva. A Juventude Popular deverá zelar pelo cumprimento do Acordo de Relações entre a JP e o Partido, nomeadamente no que diz respeito à representatividade da JP nas várias estruturas concelhias e distrital do CDS. Deverão a JP e o CDS-PP implementar ainda estratégias e actividades conjuntas, sempre que tal se proporcionar.

Defendemos uma JP autónoma, mas cooperante e disponível. Mas com a plena consciência que este relacionamento apenas será possível se as estruturas do partido, nomeadamente os seus dirigentes locais, também o pretenderem deste modo.

O CDS-PP, tal como a JP, não se pode dar ao luxo de guerrilhas internas. Não contem connosco para isso. Seremos, isso sim, uma estrutura sempre disponível para trabalhar e colaborar com o CDS, seja com o Presidente da Comissão Política Nacional, seja com os militantes e dirigentes concelhios e distritais.

Uma JP lado a lado com o partido, onde respeito seja um gesto mútuo.



Temáticas Primordiais

A Juventude Popular deve estabelecer uma forte ligação entre a sua acção e as preocupações da população em geral e dos jovens em particular.

A Juventude Popular no distrito de Bragança deve ter noção dos temas que devem estar sempre presentes na sua agenda, sem que isso implique que outros assuntos não sejam também focados. Devendo a JP distrital continuar a pronunciar-se sobre temas que estejam na ordem do dia – como fez com o encerramento da maternidade de Mirandela e de outros serviços hospitalares, da Barragem do Sabor, do Processo de Bolonha, entre muitos outros – não deve esquecer um conjunto de áreas em que a sua intervenção deve ser contante.

Relativamente à chamada “Agenda Reactiva”, em que a JP se deve pronunciar e agir sobre temas imediatos, não devemos recear ter uma posição clara e coerente, mesmo quando não saibamos quantos apoios esta merecerá. Devemos procurar informações técnicas quando os temas o exigem, mas não recear tomar posição pública depois de ter a certeza do que consideramos ser o melhor caminho. Isso aconteceu com a Barragem do Sabor. Hoje, a nossa posição venceu. Não devemos recear ir para a rua, como fomos várias vezes no último ano, em defesa do que é primordial para quem vive no nosso Distrito. A JP tem de fazer justiça ás características típicas da juventude: actividade, irreverência e determinação.

No entanto, a JP distrital deve também ter agenda propria e ir marcando a agenda regional, consciente da importância que para isso tem a comunicação social local . A Distrital da JP foi a primeira a manifestar-se quanto ao possível encerramento de uma maternidade do distrito, realizando um abaixo-assinado dois anos antes do encerramento se concretizar. Esse gesto foi reconhecido por todos, inclusivé pela imprensa nacional. É por aí que queremos continuar.

Incentivaremos artigos de opinião, seja em órgãos de comunicação social nacional ou local, jornais escolares ou blogues, porque dar a conhecer as nossas ideias e propostas é fundamental.

Queremos uma JP que esteja lado a lado com as preocupações do Transmontanos.Ambiente e Turismo

Acreditamos que o desenvolvimento da nossa região não pode esperar mais. É verdade que alguns passos importantes têm sido dados no sentido do desenvolvimento do distrito, mas muito há ainda para fazer. Queremos contribuir nesse sentido.

A JP no distrito de Bragança tem mostrado - e bem! - que o ambiente não é um primado da esquerda. O ambiente deve ser discutido e defendido com especial ponderação na nossa região. A natureza representa no distrito de Bragança uma das suas mais-valias. Possuindo uma heterogeneidade de climas, fauna e flora fascinante, o nosso distrito deve e tem de apostar nesta área para se desenvolver.

O nosso distrito apresenta potencialidades de desenvolvimento em vários tipos de turismo: rural, de aventura, histórico-cultural entre outros. Devemos apostar no Turismo com uma dupla finalidade.

A primeira, prende-se com a preocupação por excelência de uma juventude partidária: o bem-estar dos jovens. A migração de jovens desta zona do Interior Português já deixou de ser preocupante. Neste momento é, sem qualquer dúvida, simplesmente alarmante. Uma das formas de fixação de jovens no distrito prende-se com a implementação de novas indústrias e áreas de exploração, entre as quais achamos de especial importância e pertinência o turismo, até porque potencia o desenvolvimento de muitos outros ramos. Já é tempo de se acabar com a ideia que desenvolvimento e meio ambiente são duas realidades incompatíveis.

A segunda razão prende-se com a própria preservação ambiental. Nós que nos orgulhamos da nossa região, não podemos deixar, de modo algum, que ela seja devastada. Apostaremos em acções de responsabilização, denunciaremos situações inquietantes do ponto de vista ambiental e demonstraremos, dentro dos possíveis, toda a potencialidade da nossa região.

Agir e continuar a apostar em temas como o Turismo e o Ambiente, será estarmos a lado a lado com o desenvolvimento da nossa região.

Desporto e Saúde

O Desporto é um tema sobre o qual, a grande maioria dos jovens, desenvolve um gosto especial. Neste sentido, a JP distrital deverá organizar actividades desportivas, que fomentem a salutar práctica desportiva entre os nossos militantes e simpatizantes.

Mas a participação de uma organização de juventude em termos de desporto deve ir mais além. A JP deve manter-se informada sobre as condições de acesso à práctica dos vários desportos pelos jovens do nosso distrito, bem como das condições das estruturas desportivas. Também a este nível devemos ser uma estruturada virada para o exterior, de modo a que os jovens vejam em nós uma voz activa para difundir e procurar resolver as suas preocupações.

A Saúde é um tema primordial, sobretudo numa região que se encontra particulamente envelhecida como é o distrito de Bragança. Tendo o governo socialista tomado como seu objectivo destruir o Sistema Nacional de Saúde, a Juventude Popular do Distrito de Bragança tem que ter uma posição firme na defesa daqueles que são Direitos Fundamentais dos habitantes da nossa região.

Sendo imperativo nacional o rejuvenescimento do Interior do país, devemos ter consciência que os jovens exigem cuidados de saúde de qualidade para se estabelecerem na região e nós, orgulhosos transmontanos, devemos ser a sua voz! Os cuidados de saúde devem ser reforçados e melhorados, não diminuídos e tonados mais débeis, como é política actual.

A JP deve ser uma voz pronta a denunciar casos de falta de cuidados de saúde no nosso distrito, mas deve também apresentar políticas alternativas que visem a melhoria de condições de vida de quem vive no distrito de Bragança.

Estar lado a lado com os jovens, é contribuir para o seu bem-estar, não esquecendo que a saúde é a base de tudo na vida.



Agricultura e Empreendedorismo

A agricultura deve deixar de ser vista como o parente pobre de Portugal. Numa altura em que muitos jovens da nossa região tornam a emigrar, temos que apostar no desenvolvimento da agricultura e no apoio aos jovens agricultores. Durante muito tempo, a nossa região envergonhou-se de ser rural, deixou de falar de agricultura e só perdeu com esta atitude. Pelo contrário, deveremos manter as nossas características agrícolas, ainda que modernizando e acompanhando a sociedade que nos rodeia, mas fazendo da nossa agricultura uma agricultura de excelência.

A JP Distrital deve agir de modo a tentar alterar os meios e modos de apoio aos jovens empresários agrícolas. Sublinhe-se, porém, que tal não significa que defendamos um aumento de apoios a nível financeiro. Devemos entender as dificuldades dos jovens agricultores, que se prendem muito mais com o facto dos apoios não serem simultâneos aos investimentos. É também necessário denunciar a falta de fiscalização no terreno.

A criação de novas infra-estruturas para escoamento de produção agrícola é também uma prioridade. A aquisição de novos mercados, novos contactos e alargamento de fronteiras é necessário para estagnar o envelhecimento de um sector que muito pode trazer ainda à nossa região, juntamente com a aposta nos “novos produtos” e no reconhecimento de qualidade.

É necessário alargar horizontes, abrir novas portas, procurar novos caminhos e para tal é fundamental a garra e dinamismo dos jovens agricultores! A JP deve apoiar aqueles que também são jovens da nossa região e que podem levar ao desenvolvimento de toda uma área de produção.
O desenvolvimento empresarial é também essencial à nossa região e os incentivos a esta prática, numa zona do nordeste transmontano não podem ser os mesmos que para o litoral. Assim sendo, a Comissão Política Distrital de Bragança da Juventude Popular deverá fazer os possíveis para consciencializar as entidades competentes desta realidade, estando sempre ao lado dos jovens empresários.

Apostar no desenvolvimento da agricultura e na atracção do empreendedorismo é estar lado a lado com o fortalecimento da economia do nosso distrito. Educação

A Educação tem de ser uma área de intervenção primordial para qualquer organização de juventude. A preocupação do governo, em termos escolares, no distrito de Bragança tem sido simples: fechar escolas. Olhar uma vez mais apenas para os números e não para as pessoas. Pretenderão encerrar o distrito de Bragança?!

Em termos de directrizes a nível nacional, a Educação em Portugal tem sido um suceder constante de reformas, sem que nenhuma delas chegue a implementar-se totalmente. Cada Ministro deixa a sua marca, cada Ministro tem ditado um triste clima de incerteza e insegurança no Sistema de Ensino.

Também no distrito de Bragança deve a JP apoiar o reconhecimento do mérito e excelência que defende para o Ensino em Portugal. Um Sistema de Ensino onde o Professor seja respeitado, o aluno ouvido e a escola um elemento vivo da sociedade, fruto de uma maior autonomia. Um sistema onde a exigência é vista com desconfiança e onde o própro Ministério da Educação fomenta o conflito entre os vários intervenientes e actores escolares, não é certamente uma política que mereça o nosso apoio. Queremos um Ensino que prepare os jovens para o futuro e onde a exigência comece nos primeiros anos de escolaridade, certos que uma casa não sustentará um tecto sem bons pilares.

A JP deve promover a inserção dos seus militantes no associativismo escolar, seja no Ensino Básico ou Superior. Não o deve fazer por defender a politização das Associações de Estudantes ou Académicas, mas sim porque será mais uma porta que se abra para que as ideias de um jovem da JP se divulguem e sejam ouvidas. Um jovem politicamente activo, insere-se também nos movimentos da sociedade que o rodeia.

A JP do distrito de Bragança deve em todas as áreas, e na Educação em particular, apresentar as suas ideias e propostas ás entidades competentes, nomeadamente ao Grupo Parlamentar do CDS e Assembleias Municipais, de modo a terem seguimento.

Estar lado a lado com a Educação é estar, lado a lado, com o futuro de Portugal.


Defesa da Vida e Cultura

Portugal realizou em Fevereiro de 2007 o segundo referendo sobre a despenalização do aborto, onde o sim saiu vencedor, ainda que não houvesse a percentagem de votos necessária para o tornar vinculativo.

Desde então, o que sempre afirmámos em campanha concretizou-se: mais do que a despenalização do aborto, o governo do partido socialista promoveu a legalização (e patrocínio) do mesmo. Democratas-Cristãos que somos, incapazes de concordar com a política de encerrar Maternidades mas dar todas as condições para a práctica de aborto livre até ás dez semanas, devemos continuar a fazer da defesa da vida uma bandeira indiscutível da JP no distrito de Bragança.

Defender o Direito à vida não é só mostrar os prejuízos do aborto. É muito mais que isso!

Defender a vida e a natalidade é promover políticas que diminuam os encargos de quem pretende constituir família! Defender a vida é apresentar propostas que facilitem a vida aos pais, nomeadamente aos mais jovens. Defender a vida é continuar a organizar campanhas de solidariedade para apoiar os mais carenciados.

O combate cultural deve ser prioridade para a JP do distrito de Bragança. Para nós, que nascemos em liberdade, não faz qualquer sentido pactuar com tabus que a sociedade portuguesa teima em manter.

Devemos estar disponíveis para participar em debates, dando a conhecer essa mesma disponibilidade ás Associações de Estudantes, órgãos de comunição social e demais organismos que fomentem estas actividades.

Cultura é algo tão vasto que implica, mais uma vez, que estejamos presentes e conscientes do que acontece à nossa volta. Devemos também organizar actividades que promovam jovens artistas da nossa região.

Estar lado a lado com a Defesa da Vida e ser culturalmente activo é ser jovem em plenitude.

Solidariedade Social e Apoio à 3ª idade

O facto de a Juventude Popular ser uma organização política de juventude, não nos impede de olharmos para aqueles que têm mais experiência de vida do que nós, que nos preocupemos com o amanhã.

Numa altura em que tanto se descute a sustentabilidade do Sistema de Segurança Social e de reformas actuais e se apresentam novos caminhos para o futuro, é essencial que acompanhemos e participemos neste debate. A JP do distrito de Bragança deve ter uma voz particularmente activa nesta questão, consciente da quantidade de agricultores reformados que o nosso distrito possui, conhecendo as especiais dificuldades destes casos.

A terceira idade é um conceito que pode dar aso a muita discussão. Se por um lado é verdade que a esperança média de vida é hoje bastante significativa e se a idade de reforma parece cada vez atrasar-se mais, não é menos verdade que para quem procure emprego e tenha, a título de exemplo, mais de 50 anos a tarefa é deveras complicada. Num distrito onde o envelhecimento da população é uma realidade, deve a JP contariar que esta seja uma fase em que as pessoas mereçam menos apoios e sejam colocadas à parte da sociedade. É necessário que não compactuemos com o decréscimo de qualidade de vida que representa em particular para a população mais envelhecida, a diminuição de estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde.

Olhar para o amanhã e estar ao lado de quem tudo já deu à nossa sociedade, é estar lado a lado com a justiça social.

Lado a Lado

Queremos uma JP que esteja lado a lado com a sociedade. A Juventude Popular só pode querer ser verdadeiramente participante na comunidade quando interagir com ela, quando os seus militantes viverem e agirem em pleno e intervierem no mundo que os rodeia. Temos que ser uma JP encadeada com a sociedade!

Queremos uma JP que esteja lado a lado com os jovens. Que a juventude olhe para a nossa organização como uma plataforma de confiança, onde são ouvidos e respeitados, onde ganham voz perante uma sociedade de que também fazem parte.

Queremos uma JP que se congratule com as conquistas do dia-a-dia, mas que não as veja como uma meta, mas sim como um incentivo para cada vez chegar mais longe!

Queremos continuar a ser uma JP forte, coesa e onde a discussão de lugares ou pessoas deve ser preterida à de ideias e causas. Somos uma juventude partidária de valores e de acção, pelo que queremos trazer para a agenda política novas questões sem esquecer aquelas que são já bastiões da Juventude Popular.

Queremos ser um distrito forte, um Distrito activo! Um Distrito inovador com um projecto impulsionador e vencedor! Sabemos que concretizar esta moção exige trabalho, empenho e dedicação, mas sabemos que é com ela que cresceremos e organizaremos a JP que todos desejamos. Queremos ser uma organização realmente juventude e inequivocamente popular!

Queremos estar, lado a lado, contigo neste projecto!


Tendo acabado o prazo de recepção de Moções para o III Congresso Distrital de Bragança e apenas tendo havido o envio de uma, aqui se publica a mesma.

Ricardo Alves
Vogal da COCD