Comunicado à Imprensa
A Comissão Política Distrital de Bragança da Juventude Popular, assumindo como suas as preocupações dos jovens do distrito, vê com preocupação que a discussão sobre o Processo de Bolonha, debate sobre o futuro directo dos jovens portugueses, está em segundo plano na agenda nacional.
Relegada para a autonomia das Escolas do Ensino Superior, o processo de Bolonha serve como publicidade enganosa e estéril para o governo aparentar estar ao lado dos seus parceiros europeus a nível do ensino. Na realidade, o que centenas de jovens vivem é uma completa incerta quanto ao futuro, vendo as regras alteradas a meio do jogo. É fácil compreender que quando um curso é programado para um determinado número de anos e se um aluno já se encontra a meio da sua formação quando lhe dizem que o número de anos diminuiu, algo fica para trás. Infelizmente, o que se verifica em muitos cursos, é que com ajustes feitos em cima do joelho, a busca de um ensino de qualidade não é a prioridade, mas sim uma percentagem de cursos “em Bolonha” para apresentar em relatórios. Acreditamos na autonomia das Escolas e defendemo-la até em maior grau do que a agora existente, mas em nome de um ensino de qualidade em nome de profissionais de qualidade.
Verificamos, no entanto, que não é apenas o Ensino Superior que neste momento se encontra mergulhado num mar de amarguras. O Ensino Básico, vítima de reformas e contra-reformas ao longo dos últimos anos, tem visto a sua imagem denegrida, pois cremos que quando se põe constantemente em causa a classe docente, nem os alunos são privilegiados, nem muito menos o sistema educativo. Urge um debate sério em Portugal, cujo objectivo não seja o político “A” ou “B” aparecer mais cinco minutos na comunicação social, mas onde se discuta profundamente a educação em Portugal, sem que se procure constantemente novos bodes expiatórios para os constantes desalentos. Uma escola de qualidade, apostando quer na formação com vista ao Ensino Superior quer no ensino profissional, só será possível onde todos os intervenientes sejam respeitados.
A Distrital de Bragança da JP felicita e deseja os maiores resultados aos órgãos distritais do CDS eleitos no passado dia 8. Lamenta, no entanto, as declarações do Recém-eleito Presidente da CPD de Bragança do CDS-PP, Domingos Doutel, quando adjectiva de “cobardes” militantes do nosso partido por terem uma opinião discordante dos órgãos agora eleitos, até porque recordamos que em todo o distrito se sentiu uma baixa afluência ao acto eleitoral para os órgãos distritais. Opondo-se veementemente ás questiúnculas fabricadas (fabricadas, frisamos, porque em nada traduzem o sentimento dos militantes como já se provou em dois congressos nacionais) por alguns militantes a nível nacional para criarem burburinho na comunicação social que apenas servem para fragilizar a imagem do CDS-PP, esperamos que o episódio não se repita a nível distrital.
Relativamente ás referência à JP no programa da distrital agora eleita, relembramos a autonomia da nossa organização e continuamos, como sempre estivemos, disponíveis para nos juntarmos a todos os que como nós defendam os interesses da nossa região e trabalhem em nome da difusão da Democracia-Cristã, como fizemos ininterruptamente até hoje, visto os nossos órgãos nunca terem estado em gestão.
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