Também eu não o conheci...

Ontem fez 25 anos do atentado de Camarate. Sim, digo atentado porque basta de cobardia e de não haver por parte da sociedade portuguesa uma posição firme que EXIJA o julgamento dos culpados do atentado que vitimizou Adelino Amaro da Costa, Sá Carneiro e todos os outros passageiros do Cessna.

Sim, também eu não o conheci mas sinto por Amaro da Costa uma admiração extraordinária. Não porque fique bem dize-lo, não porque algumas frases dele são já clichés do nosso partido, mas porque acredito que se houvesse mais Homens como ele a política seria bem diferente, o nosso País estaria bem diferente.

Cresci acompanhada por uma imagem de alguém, que não estando fisicamente presente, era sempre falado, era sempre admirado, era sempre respeitado. Como sempre, não me bastou saber que muitos o admiravam para subscrever por baixo, para passar a citá-lo. Confesso, no entanto, que quando o cito não o faço de Ânimo leve, mas sim com grande sentido de responsabilidade de não deixar ficar mal aquele que me muito me orgulha ser patrono da juventude partidária em que milito.

Quando vejo a sua foto na parede da sala da JP em Bragança, vejo muito mais que alguém que a verdade do tempo colocou num lugar indissociável da história de Portugal; vejo um exemplo, mas não um daqueles exemplos em que apenas vemos o Homem ou o político. Nas fotos que nos ficaram, o seu olhar convicto faz-nos acreditar que vale a pena, faz-nos ver que um grande político não é indissociável de um bom Homem, Que vale a pena termos razão antes de tempo, que vale a pena lutarmos por aquilo em que acreditamos, que Portugal vale e valerá sempre a pena.

Obrigada! Bem-haja!