Bragança Jovem Popular

Bragança Jovem Popular é o blog da distrital da Juventude Popular que se impõem pela diferença: não criticamos sem propor, não propomos só por falar, nem falamos sem conhecer. Porquê?! Simples!... Porque àqueles que "falam, falam, falam e não fazem nada", escasseia algo que nós temos de sobra: irreverência, ideias e vontade de agir!

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Eu voto não!


No próximo dia onze de Fevereiro, todos seremos questionados sobre a nossa concordância com a possibilidade do Estado Português permitir o aborto a pedido até ás dez semanas de gravidez. A minha resposta é clara , simples e concisa: Não!
Não porque o que está em causa é uma vida humana. O voto não protege o Direito que por ser o pressuposto de todos os outros é essencial: o Direito à vida.
Não porque o Estado tem que manter bem claro quais são os seus princípios. Do mesmo modo que a condena do homicídio ou da sua tentativa, da agressão, do espancamento e de tantos outros actos contra a vida é indiscutíveis na sociedade, o aborto sem justificação deve também sê-lo.
Não porque por cada aborto que o Estado pague é menos uma criança que verá a luz do dia.
Não porque cada ser humano é único e irrepetitível.
Não porque quando uma mulher grávida é carenciada, o que se tem que matar é a pobreza, não a criança que traz no seu ventre.
Não, porque a liberalização do aborto não acaba com o aborto clandestino, uma vez que muitos abortos são para esconder da família e da sociedade a gravidez, motivos que não levariam a grávida ao hospital.
Não, porque prefiro que os meus impostos sejam usados na manutenção de maternidades abertas, em vez de na abertura de clínicas de aborto.
Não porque a gravidez não é uma doença.
Não porque ás dez semanas o ser humano está já em evolução, uma evolução que continua até ao pleno desenvolvimento dos seus órgãos e prossegue enquanto criança, adolescente, jovem, adulto, idoso,...
Não porque a mãe não tem o Direito de decidir sobre a vida de um ser diferente.
Não porque a desresponsabilização nenhuma mais valia traz a Portugal, pelo contrário.
Não porque ás dez semanas não há dúvida que existe um ser humano em evolução, como posso comprovar e ver nas ecografias!
Não porque a lei actual já permite o aborto em caso de perigo de morte ou de grave lesão para a saúde física ou psíquica da mãe, doença grave ou malformação congénita do nascituro, inviabilidade do feto ou violação e assim se manterá se o não ganhar.
Não porque a vida não pode estar sujeita a estados de espírito.
Não porque os meus "SIM's" são guardados para a esperança, para a liberdade, para a vida!
Ana Soares
In "Caminhos"