Bragança Jovem Popular

Bragança Jovem Popular é o blog da distrital da Juventude Popular que se impõem pela diferença: não criticamos sem propor, não propomos só por falar, nem falamos sem conhecer. Porquê?! Simples!... Porque àqueles que "falam, falam, falam e não fazem nada", escasseia algo que nós temos de sobra: irreverência, ideias e vontade de agir!

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Onde para o civismo?

Já perdi a conta do tempo em que venho a dizer que a democracia esta em perigo.
Assim como toda a gente a dizer que hoje em dia se está muito melhor civicamente... só se for pelos ideais de esquerda em que vivemos. Só falta o casamento entre humanos e animais uma vez que em termos de comportamentos estamos num autentico retrocesso civilizacional.
O problema reside no facto de cada vez que a esquerda moderada está na oposição ataca com o fantasma hitleriano, o que parece eficaz se observarmos a estatística nacional de votos .
Esquecem-se que quando estão no governo fazem politicas permissivas e dadas a este tipo de situações que passarei a citar mais abaixo.
Existe um clima propício para o florescimento da extrema-esquerda sendo certo quem em todos os partidos existe sempre um radical.
Quando a extrema esquerda portuguesa afirmou que as populações iam sentir a sua actividade não pensei que fosse vandalismo, ainda por cima demonstraram uma falta de cultura gritante, ao cometerem graves erros ortográficos.(o ataque ao milho já lá vai, agora preferem sedes do CDS).
A mim ninguém me convence que estes ataques efectuados no interior do país a sacerdotes, igrejas, locais públicos desde jardins a edifícios não será uma acção concertada a nível global.
Em Espanha por exemplo cada vez que algum orador se dirige a uma faculdade e se tiver o azar de ser de direita é insultado e agredido como já aconteceu por pelo menos três vezes e em locais e pessoas diferentes, que tinham em comum serem mulheres e algumas serem de direita.
Estranho que a comunicação social se preocupe com identificar e denunciar casos da extrema-direita e simpatize com a extrema-esquerda.
Pessoalmente acho que os lideres da extrema-esquerda em Portugal deviam estar no banco dos réus por incentivar , fomentar , patrocinar e proteger actos de vandalismo assim como os seus vândalos.
O que quer dizer que estão de acordo com os métodos em uso.
Não sou tão radical assim quantos as pinturas desde que fossem realmente artísticas e embelezadoras , como se de um protesto ou chamada de atenção para o custo de quem esta ligado as artes.
Tendo chegado a esta situação e estando os radicais fora de controlo dos seus lideres (como convém dizer) não nos resta alternativa senão a defesa pessoal.
Quero com isto dizer que não temos medo nem nos deixaremos intimidar.


Ps: Aproveito para fazer uma sugestão: Em vez de pagar os “ajudantes de campo” com álcool e drogas talvez um curso intensivo de português não fosse má ideia.

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Quo vadis Europa

Aqui fica o meu último artigo para o Diário de Trás-os-Montes. http://www.diariodetrasosmontes.com/index.php3

Não haverá Referendo ao Tratado de Lisboa. Os dois partidos maioritários em Portugal, PS e PSD, assim decidiram. Sai a perder Portugal, o conhecimento dos portugueses, descredibilizada a política, prejudicada a Europa.
O Tratado de Lisboa é uma oportunidade perdida em várias frentes.
A Europa só conseguirá atingir os seus objectivos, quando for construida lado a lado com os seus cidadãos. Não faz sentido que a Europa tenha medo de ouvir os Europeus. Este facto é em si mesmo um contra-senso. O medo não pode ser motivo fundamental para a realização de um referendo, nem o contrário.
O referendo é também um motivo para discussão pública. É certo e sabido que pouco se sabe sobre a Europa, que a população só conhece a Europa superficialmente e como todos os conhecimentos superficiais, nem sempre de forma correcta. Falar sobre o Tratado de Lisboa, sobre a Europa é fundamental para a construção Europeia. Ironia do destino é a mudança de posição que se viveu em Portugal pelos principais partidos. Diz-se que quem defende o Tratado é contra a Europa. Bem pelo contrário, acrescento eu. Não havendo debate, não se dando lugar a que se fale de temas europeus e do papel de Portugal na Europa; não se contribui para o Projecto Europeu. Pela minha parte, defensora do Referendo, votaria sim ao Tratado.
O descrédito da política é quotidianamente falado. No meu ponto de vista, este foi apenas mais um passo para a sua descredibilização. Cada vez que os partidos políticos prometem algo em tempo de campanha e depois fazem exactamente o contrário, nada sai beneficiado. Numa altura em que se fala no desmoronar do actual sistema político, é dramático que sejam os seus próprios actores a contribuir para este facto. Por muito que me custe reconhecê-lo, parece que a maioria dos políticos prefere os interesses momentâneos e egoistas, não se preocupando com as consequências a médio e longo prazo.
José Socrátes justificou com “ética de responsabilidade” a opção pela ratificação parlamentar. Parece-me uma pedra atirada ao charco e que não demorará muito tempo para que tal seja claro. Ainda que defenda uma Europa ponderada e não construida tendo por base qualquer fulgor federalista ou de aumento excessivo dos seus poderes, não tenho dúvidas que Portugal deve dizer “sim” à Europa. Ainda que considere que o Tratado de Lisboa não é o ideal – por exemplo pelo fim da Presidência rotativa do Conselho, o que retirará protagonismo a países mias pequenos – acredito que tem de ser ratificado por todos os países. Mas se o que disse atrás é certo, não são mais que razões para lamentar a decisão do Governo, apoiada pelo PSD.
Uma Europa que se feche em si mesma foge dos que sempre foram os seus objectivos. Construir uma União Europeia; “A” Europa dos cidadãos, conhecedores e construtores do seu projecto.